Por Marcos Arruda
O elegante Al Boraq, o primeiro trem de alta velocidade da África, agora conecta duas cidades marroquinas muito diferentes, mas igualmente fascinantes – Tânger descontraída, ela fica no cruzamento da Europa e África, o Mediterrâneo e o Atlântico, e a frenética Casablanca, o centro econômico do país e tesouro arquitetônico.
O trem, inaugurado pelo rei Mohammed VI e pelo presidente francês Emmanuel Macron em novembro de 2018, opera a velocidades de até 320 km / h entre as novas estações Tanger Gare e Casa Voyageurs, parando na cidade industrial de Kenitra e na capital Rabat, cortando a jornada de cinco horas para cerca de duas horas. Agora você pode aproveitar mais a sua estadia entre as duas cidades.
O mais importante de se fazer em Tânger
De 1924 a 1956, quando Marrocos se tornou independente da França, Tânger era uma Zona Internacional, um reduto boêmio famoso por seus excessos hedonistas, com artistas, escritores e astros do rock caindo sob seu feitiço. Hoje, depois de décadas em declínio, a história da cidade está mudando. Há um novo porto e uma marina de luxo, hotéis estão surgindo ao redor do Corniche e a Medina está sendo reformada.
Comece explorando o Kasbah, a parte mais alta e mais antiga da medina, e uma mistura de becos obscuros e praças cheias de sol. Passe pelo Bab Al Bahr para ver as vistas do Estreito de Gibraltar e pare no recém-renovado Museu Kasbah de Culturas Mediterrânicas, situado no antigo palácio do sultão.
Mergulhe na medina, passando pelo Café Baba na Rue Zaitouni- onde uma foto do Rolling Stones ‘ Keith Richards, com um cigarro de maconha na mão, ainda tem lugar de lugar- para o burburinho da praça principal da medina, o Petit Socco, onde o terraço do Café Tingis na Rue Almohades é perfeito para ver as pessoas.
Ou siga as antigas muralhas até o Bab Kasbah, parando para fazer compras até Las Chicas, a primeira loja conceito de Tânger, antes de percorrer a Rue de la Kasbah até a Place du 9 Avril 1947, também conhecida como Grand Socco. Esta praça une a medina à Ville Nouvelle (a nova cidade), onde o Cinema Rif art-deco foi reinventado como a Cinematheque de Tânger, com um programa de cinema eclético e um café fresco.
Nas proximidades, o Grand Hôtel Villa de France foi restaurado à sua antiga glória. Quando Matisse pintou a vista do quarto 313, não havia o tráfego asfixiante de hoje, mas a Igreja Anglicana de St Andrew permanece inalterada.
No início da Corniche e uma ampla curva de areia dourada fica a nova Tanja Marina Bay, a primeira marina urbana de Marrocos, com espaço para super iates e restaurantes como o La Table du Marché e Paul. Em um dia claro, você pode ver a cidade espanhola caiada de Tarifa, a apenas 45 minutos de balsa.
Para os amantes da literatura, há uma sala dedicada a Paul Bowles – autor de The Sheltering Sky, que fez da cidade sua casa por mais de 50 anos – no Tangier American Legation Museum na medina (a mais antiga propriedade diplomática dos EUA e a única National US Ponto de referência histórico no exterior), enquanto William S Burroughs escreveu Naked Lunch no Hotel El Muniria. Você pode seguir seus passos em uma excursão com o Plan-it Morocco, parando em lugares literários como o Gran Café de Paris.
Onde comer em Tânger
Tânger tem muitos terraços onde você pode saborear um chá de menta. Escolha o seu chai ou delicie-se com autênticos pratos marroquinos nos espaços de refeições intimistas do Salon Bleu ou no terraço ensolarado da cobertura, com vista para a Place de la Kasbah de um lado e o oceano do outro. Vá à la carte ou escolha o menu de preço fixo de três pratos, incluindo saladas frescas, tajines e tortas de amêndoa. Mesmo com uma onda de restaurantes internacionais, Tangier permaneceu fiel às suas raízes marroquinas, e a cidade tem uma abundância de lugares para comer como um local.
Onde dormir em Tânger
O Hôtel La Maison Blanche é um Riad maravilhosamente restaurado, num local fácil de encontrar, perto do Bab Kasbah. Cada um dos nove quartos está decorado individualmente e o pequeno-almoço, incluindo pães marroquinos e pastelaria francesa, é servido no terraço do último piso, juntamente com uma vista de 360 graus. O proprietário multilingue Aziz é extremamente conhecedor de Tânger e seus arredores, e pode ajudar com passeios para Asilah, Tetouan e Chefchaouen.
Coisas legais para fazer em Casablanca
Talvez a mais famosa por seu filme homônimo – na verdade, filmado em um estúdio de Hollywood – Casablanca, apelidada de “cidade branca”, é a maior metrópole do Marrocos, uma mistura do tradicional e moderno com uma série de novos projetos de construção em andamento.
Durante os anos de Marrocos como protetorado francês, o arquiteto e urbanista francês Henri Prost foi convidado a desenvolver uma cidade digna da capital econômica do país, contando com a ajuda dos principais arquitetos da Europa. Seu legado ainda pode ser visto na arquitetura de wow-factor da cidade, uma mistura única de neoclássico, Art Déco, Neo-Moura e modernista. Na década de 1990, os edifícios do século 20 ou estavam caindo aos pedaços ou sendo derrubados para abrir caminho para as torres, de modo que os arquitetos e artistas locais formaram Casamémoire e começou a campanha para a sua preservação, incluindo uma oferta pelo status de Patrimônio Mundial da Unesco. Se você não estiver na cidade nos dias de sua herança anual (na segunda semana de junho de 2019), quando eles realizarem passeios arquitetônicos gratuitos em torno de quatro áreas da cidade, você poderá organizar um passeio privado (sem custo, mas as doações são bem-vindas). No coração do bairro Art-Deco, o Museu da Fundação Abderrahman Slaoui abriga uma bela coleção de artes decorativas marroquinas, desde cartazes de viagens vintage a magníficas joias berberes e objetos de vidro ornamentados, ao lado de exposições temporárias. O café no último andar é um bom local para uma pausa turística.
Moradores se reúnem para Place Mohammed V, flanqueado com edifícios imponentes, incluindo o Palácio de Justiça de inspiração mourisca e o ultra contemporâneo Grand Theatre de Casablanca, que será o maior teatro multiuso na África, que será aberto ainda este ano. Nas proximidades, os toques finais estão sendo dados no frondoso Parc de la Ligue Arabe e da vizinha Cathédrale du Sacré Coeur, de olhos brancos e uma mistura marcante de arte-deco, Moura e arquitetura neogótica, que em breve será reaberta como um centro cultural.
A constantemente caótica Place des Nations Unies é o ponto de encontro das principais vias da cidade, que abriga a cúpula futurista projetada pelo arquiteto franco-marroquino Jean-François Zevaco, atualmente sendo reformada junto com a passagem subterrânea que vai funcionar como um espaço para exposições. No canto nordeste, a torre do relógio marca a entrada da medina caiada do século XIX, ideal para passar o tempo -ideal para passar o tempo – olhando para fora para uma mesquita, Igreja e sinagoga lado a lado.
Pegue um táxi para o Quartier Habous, a pitoresca “nova medina” construída na França para explorar o Souq descontraído e o Mahakma du Pasha, um Tribunal de 1950 construído em estilo mourisco ornamentado. Pare para um deleite doce no lendário pâtisserie Bennis habous-talvez Cornes de gazela (bolos em forma de meia-lua cheios de pasta de amêndoa e água de flor de laranjeira).
Faça o passeio de uma hora pela impressionante Mesquita Hassan II, situada em um afloramento rochoso com vista para o Atlântico. É uma das duas únicas mesquitas em Marrocos abertas a não-muçulmanos e uma vitrine para os melhores artesanatos marroquinos, incluindo deslumbrantes azulejos geométricos Zellige, madeira esculpida à mão e hectares de mármore.
Onde comer em Casablanca
Experimente um pequeno-almoço tradicional marroquino, como ovos com khlii (carne seca marroquina) no bonito restaurante do jardim de La Sqala, situado num bastião do século XVIII atrás das muralhas caiadas de branco da medina. À noite, dê um passeio ao pôr-do-sol ao longo da orla Corniche para Le Cabestan, com a sua sensação da Riviera francesa e um menu mediterrânico de de frutos do mar recém-pescados.
Onde dormir em Casablanca
Uma Villa dos anos 30, o Hotel Le Doge & Spa foi cuidadosamente restaurado ao seu antigo esplendor Art-Déco, com uma escadaria em espiral e 16 quartos distintos decorados com cores fortes e mobiliário de época, juntamente com um restaurante marroquino, terraço no último piso e banho turco em mármore. Escondido em uma tranquila rua residencial, está a uma curta distância a pé das principais atrações do centro.
Faça acontecer: como conseguir um ingresso para viajar
Atualmente, o site da ONCF, o operador ferroviário marroquino, não aceita cartões de crédito não-marroquinos, então você deve comprar seus bilhetes com antecedência na estação com dinheiro ou através de uma agência.
Fonte: Lonely Planet
DICAS
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